Bitcoin Tem Pior Mês em Três Anos Com Saída Bilionária de ETFs
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O mercado de criptomoedas atravessa um dos períodos mais turbulentos desde o colapso de 2022. Em novembro, o Bitcoin se encaminha para registrar seu pior desempenho mensal em três anos, em meio a uma combinação de forte aversão ao risco, perdas acentuadas entre os principais fundos listados nos Estados Unidos e uma queda expressiva no valor total dos ativos digitais.
Os fundos negociados em bolsa (ETFs) de Bitcoin listados no mercado americano registraram, até o momento, uma saída líquida recorde de US$ 3,7 bilhões (R$ 19,91 bilhões). O volume supera o recorde anterior, de US$ 3,6 bilhões (R$ 19,37 bilhões), observado em fevereiro, e reflete a intensidade do movimento de venda observado ao longo de novembro, segundo dados da SosoValue.
A pressão também se estendeu aos ETFs de Ethereum, a segunda maior criptomoeda em valor de mercado. Esses fundos acumularam perdas superiores a US$ 1,6 bilhão (R$ 8,61 bilhões) no mês, reforçando o quadro de saída generalizada de capital do setor.
Enquanto isso, o Bitcoin, o principal indicador de desempenho do mercado de criptoativos, ampliou seu recuo. Após atingir US$ 126.000 (R$ 677.880) em outubro, o ativo perdeu mais de 35% do valor, tocando US$ 80.000 (R$ 430.400) em 21 de novembro, o menor nível desde abril. Na terça-feira, a moeda voltou a cair, recuando quase 2% e sendo negociada na faixa de US$ 86.000 (R$ 462.680).
A deterioração do sentimento se refletiu de maneira ampla no mercado. Na semana passada, o valor total de capitalização dos tokens digitais caiu para abaixo de US$ 3 trilhões (R$ 16,14 trilhões), também o menor patamar desde abril, de acordo com dados da CoinGecko.
A velocidade da correção fez investidores relembraram momentos do colapso de 2022, período marcado pela derrocada da FTX, então comandada por Sam Bankman-Fried, que desencadeou uma profunda crise de confiança no setor.
O que é um ETF?
O significado de ETF é Exchange-Traded Fund, ou fundo negociado em bolsa. Ele funciona como um conjunto de ativos reunidos em um único veículo de investimento, negociado na bolsa exatamente como uma ação comum. Cada cota representa uma fatia desse conjunto.
No caso dos ETFs de Bitcoin à vista, o objetivo é replicar o preço do próprio Bitcoin: ao comprar a cota, o investidor acessa a variação do ativo digital sem precisar adquiri-lo diretamente.
Esse tipo de instrumento ganhou força desde sua estreia no mercado americano no ano passado, atraindo investidores interessados em uma forma mais simples e barata de se expor ao segmento de criptomoedas.
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